25 de novembro de 2025

Ouvir é amar

"Você tem que ter um amor no ouvido para ouvir"

"O ouvido tem que estar que nem um coração, sabe?"

 

Pingos de sabedoria de Viviane Mosé, que apesar de desconhecer totalmente minha existência, é a minha primeira mestra (nesse lugar de despertar). E só posso creditar esse fabuloso feito existencial à magia do algoritmo virtual (que ambas admiramos, por sinal).

e para amar a vida...

Para amar a vida, primeiro é preciso amar o tempo.

Para amar o tempo é preciso encará-lo de frente,

olha-lo nos olhos, conhece-lo através dessa lente, 

a da alma.


Para amar o tempo, 

deve-se convida-lo para ficar, tomar um chá,

ou apenas o acariciar 

as entranhas mais profundas.


Para amar a vida, então,

após se deleitar as margens das curvas do tempo 

que nos engole

deve-se fazer esse pacto de firmeza,

aceitar a sua natura

e transmutar tudo isso

em alegrias.


Hoovering?

Inteligência?

Estratégia?


Amor?


Pulsão?


Como saber o que é ou não é a verdade? 

Mas para que serve a verdade mesmo?

Isso importa?

11 de novembro de 2025

o que meu coração sente ao ver e ouvir

 

ele pulsa e eu sinto pulsar dentro de mim.

Sobre Capitu e Bentinho, pouco sei, nunca foi uma história que me chamasse a atenção, até eu ver essa minissérie de 2008. Concluo que sou pouco romântica, mas quem disse que amor tem haver com o romântico? O que sempre soube e me identifico é que Capitu tinha olhos de ressaca, de cigana oblíqua e dissimulada. Muito eu. 

Será que isso é o amor? Para mim é.

A propósito, amor é sinônimo de inteligência.

já dizia Domingos de Oliveira <3 

E "poque"?

🫀

Por que o ícone do amor é o coração? 

Por que é vermelho? 


Eu chuto, ainda sem dados concretos verificados, que há bastante tempo, bastante mesmo, já havia-se observado que a dor do sentimento mais profundo e bom, é sentida por nós, bem próximo ao coração, aliás,  ali encontramos também um chakra bem importante, que chamamos coronário ou Anahata. Chakra são os pontos ou nódulos energéticos que temos em nosso corpo, são pontos específicos onde trabalham as nossas glândulas. 

Então fica um tanto evidente que esse é um dos motivos pelos quais existem essa representação, não desconsiderando outros fatores até então desconhecidos para mim.

Arte não se ensina

 


Arte se aprende

através da percepção natural das coisas.

Tá qui algo que ressoa em mim como amor. verdadeiro e absoluto.


(Antes das seis)

Amor líquido de Bauman, foi o meu primeiro contato com o termo, podendo se dizer assim, científico do objeto. Ainda não terminei de ler, mas já li o suficiente para captar algumas coisas, coisas essas ainda bem confusas em grande parte da minha mente, mas consigo argumentar caso você queira ter um bom diálogo a respeito comigo. 

De qualquer forma, a mais pura verdade para mim ressoa como uma conclusão tipo "insight": "Cara, nunca nos ensinaram a amar!" Que frustante! 

E então começa mais um desafio aqui dentro: Devo ir atrás disso, preciso investigar esse aspecto, esse objeto, esse paradoxo, esse negócio de amor. Então começo pensando, será que existe um senso comum, uma definição oficial e definitiva para "isso"? Amor, é verbo? É sujeito? Fiquei confusa e dei uma panicada aqui agora... como isso nunca veio para mim antes? 

Começo a devagar em uma tentativa frustante de achar um significado atento: na minha visão, para amar e ser amado, é preciso ser você mesmo, sem máscaras, sem fantasia, sem adereços, sem rodeios, sem medo. É preciso um ser inteiro para amar, será isso mesmo? O amor pode nunca chegar... BAH que foda!!! Mas fica tudo bem, mesmo assim, não sei!

O AMOR, esse objeto de estudo, é tão complexo e simples ao mesmo tempo, que despertou em mim aquele desejo interminável e infinito de investigação mais profunda. E então começo a me questionar de várias formas. O que é o amor? O que o amor causa? Quem inventou a palavra amor? Ou em primeira instancia, quem foi o primeiro a codificar esse objeto, delimitou suas bordas e a ele atribuiu uma série de outros objetos e significados?

Minhas Deusas, caí novamente naquele abismo abismal de vácuo e vazio da completa noção de que nada sei a respeito, inclusive de mim mesma. Que arrebatador, que estranho, que viagem, que loucura, que perfeito, que poético, que deleite (poder estudar isso rsrs), que magnanimo e magnífico, que muso inspirador, que tesão, que tudo!!!

Corro ao dicionário (de verdade!). Mas antes de sair correndo até a biblioteca, quero só registrar o que sinto de bate e pronto, saindo do ponto zero: Amar deveria ser natural e não ensinado, decorado e ensaiado. Pronto falei! Vou lá e já volto registrando por aqui tudo que começo a criar sobre isso.

[Dá-se início de um novo trabalho: Antes das Seis.]



Quem inventou o amor? 
Me explica por favor, por favor, 
por favorzinho...

31 de outubro de 2025

Iniciação aos Sortilégios




Primeiro deve-se aprender as leis e a primeira que veio até mim hoje, foi: 

A Lei da Polaridade. 


A polaridade é a chave do poder no sistema hermético. Como The Kybalion postula, tudo é dual; todas as verdades são meias-verdades; tudo contém o seu oposto; os extremos tocam-se; e todo par de opostos pode ser reconciliado. Saber isso é a chave para fazer o universo trabalhar para nós em vez de contra nós. Nas palavras de The Kybalion, "os opostos são realmente apenas dois extremos da mesma coisa, com muitos e variáveis graus entre eles." A ciência moderna opera com esse mesmo princípio.

Capra chama à unificação de opostos "uma das mais surpreendentes características'' da nova realidade. No nível subatômico, as partículas são destrutíveis e indestrutíveis; a matéria resulta ser continua e descontinua; e energia e matéria são, simplesmente, aspectos diferentes do mesmo fenômeno.

Os cientistas, assim como os leigos, tiveram que repensar sua definição de realidade para incorporar o fato de que o que parece ser irreconciliável pode, na verdade, reconciliar-se.

O físico Niels Bohr chama a isso o princípio de "complementaridade", o qual estabelece que a energia deve ser descrita como partículas e como ondas. 

Cada descrição é correta mas só parcialmente correta, e ambas são necessárias para uma imagem completa da realidade. O próprio Bohr sugeriu com frequência que o conceito de complementaridade seria útil fora do campo da física. Provou certamente sua utilidade para expressar as grandes verdades espirituais de todas as idades. Somente por paradoxo os grandes mestres espirituais foram capazes de transmitir suas profundas intuições sobre a natureza intima das coisas. Disse Jesus que os primeiros serão os últimos e os últimos os primeiros, e que só perdendo a vida ela será salva. 



Lao Tzu escreveu:
Curva-te, e permanecerás ereto.
Esvazia-te, e permanecerás cheio.
Gasta-te, e permanecerás novo.

As Bruxas usam o princípio de complementaridade, ou polaridade, tal como se manifesta em cargas positivas e negativas. Sabemos que a carga em qualquer coisa pode ser alterada. Nada é fixo. Todos os objetos, estados de ânimo e estados mentais têm pólos positivos e negativos, à semelhança daqueles circuitos elétricos entre os quais a energia passa.

Muitos sortilégios nada mais são do que a transferência de energias positivas e negativas dirigidas pela consciência. Estamos simplesmente trabalhando com as leis da natureza do modo mais intenso e profundo.
É estimulante saber que a energia vital flui num contínuo entre pólos opostos e que nunca nos detemos em qualquer ponto do continuo. Temos o poder de avançar ou recuar, converter o ódio em amor, o medo em coragem, a dúvida em fé. Aprendendo a "caminhar em equilíbrio" como dizem os índios americanos, podemos impedir que nossas vidas sejam dominadas por qualquer extremo. 

Com o tempo, passamos a reconhecer o ponto médio entre extremos, a centrarmo-nos e equilbrar-nos. In medio virtus, diz um antigo provérbio romano, e a palavra latina virtus significa força, vigor. O centro é uma posição forte porque contém ambos os pólos. E onde vivenciamos a reconciliação de forças opostas, e a reconciliação é a porta para se vivenciar a unicidade com todas as coisas. Nada é mais forte do que isso.

Fonte: Cabot, Laurie. 
O poder da Bruxa. 
(meu primeiro livro de bruxaria, 
acho que comprei quando tinha 12 anos 
- a edição é de 1990). 



Trabalhar com os extremos pode ser considerado hoje, pelos bons costumes, um transtorno. Alguém que vai de zero a cem em segundos não pode ser considerada uma pessoa dentro das normalidades. Mas o fato é que sempre foi assim, só existe a felicidade por que existe a tristeza. A Lei dos opostos é tão básica quanto a própria existência. Vivemos em constante harmonia/desarmonia/harmonia/desarmonia. E está tudo bem. Aceitar isso faz a gente se sentir normal e mais humano. Ótimo!
A pergunta que me faço é:Jessica, você sabe fazer as polaridades se fundirem para transforma-las no tão buscado equilíbrio? Essa eu sei, sim! É o movimento. Experimente pegar o símbolo do yin e yang e colocá-lo para girar, o que você verá? Uma forma única, concisa e coesa. A fundição. Essa é a chave, movimento, energia. Quem não tem energia, ou libido, ou tesão, ou chame como você quiser, está morto. Feliz dia das Bruxas para mim, para que eu lembre de que sou uma delas, que estava apenas um pouco adormecida, que eu tenho minha turma, meus protetores, meus mestres, meu divino eu. E essa é a minha prece de hoje.

28 de outubro de 2025

Diziam que

o grotesco vem de gruta, a casa do Nero. O que eles viram em 1500? 

O que chegou a influenciar a pintura? Tinha algo sobre deslocamento, tirar da história, deixar desaparecer os registros.

Jailton questionou o que estava de pé em Roma em 1450 e afirmou que muitos dizem que 

"toda boa arte deveria ser outsider". 


O que é ser outsider?


Curioso,  Arcimbold é contemporâneo a DaVinci, talvez seja por isso que eu gostei ainda mais. Particularmente achei extravagante, confesso que eu gosto de monstros, sempre gostei. 

Vejo monstros em todos os lugares, talvez por isso não tenho medo deles, ao passo que a vida só me mostra o contrário. 

Talvez o fato de ter muita coragem tenha sempre me colocado ao lado do perigo. Talvez..

"Eu rio na cara do perigo" já dizia pequeno Simba.

Mas uma coisa é bem certa, Arcimbold era muito bom em plantar bananeira. 

25 de outubro de 2025

Quando Grande Sertão

 vira uma forma de apaziguar o coração.

Se pudesse, lançaria a todos os ventos que me fizessem esquecer de mim, só por um momento. 
Só por hora, por que as vezes nem Guimarães Rosa salva.

24 de outubro de 2025

perguntas que quero (mas não espero resposta)

 - E pra qual time você torce?

- Você tem irmãos e irmãs?

- Você acredita em Deus, Deusas ou na ciência (ou ambos)?

- Você já plantou uma árvore?

- Você gosta de tomar banho de mar?

- Você já matou alguém?

- Você já cometeu alguma loucura que se orgulha?

- Qual o bairro que você mora?

- Você já se apaixonou?

- Você gosta de comemorar aniversário?

- Você já tomou um ácido?

- O que foi mais legal de fazer em Israel?

- Por que você quer me ensinar krav maga? 

- Sabia que você tem a voz mais sexy do mundo?

(e por ai vai...)

22 de outubro de 2025

(um parênteses)

óbviu que ele não teria instagram... 

óbviu


E isso explica muita coisa...

Blog, te apresento Mrs. Galahad 

21 de outubro de 2025

Quantos infinitos a gente desconhece?

E quantos infinitos cabem dentro da gente? 

Gosto de pensar sobre o exercício da plasticidade cerebral, veja, todas as informações do mundo que conhecemos e desconhecemos estão disponíveis em nossa magnífica tela digital, e por que mesmo assim continuamos ignorantes? 


Talvez porque somos humanos? 
Talvez porque nossas limitações são crenças que absorvemos. 
Talvez porque estamos tão desconectados de nós mesmos que não percebemos isso. 
Talvez porque não acreditamos em Deus.