17 de ago. de 2008

identidade

Dia desses assisti, no Cine Santander no centro de Porto Alegre, Caderninho de idéias sobre roupas e cidades by Win Wenders.


Com seus planos desconexos, sem simetria, Win teve de imergir no mundo da moda e o fez com grandiosidade. Foi ao Japão e entrevistou Yohji Yamamoto.

Fiquei impressionada com tudo que estava vendo ali naquela sala pequena, um cofre literalmente. Duas pessoas admiráveis por seus trabalhos, cada um com a sua forma de criação. E também pela simplicidade de ambos, vaidade que mais admiro na pessoas.

O longa mostra muito do estilista, sua forma sutil de criar e o silêncio que reina em seu ateliê.
Então comecei a entender o que é moda realmente.

Sem glamour, sem ostentação, sem frescura, sem jogos de poder. Somente muita concentração, dedicação, noites em claro e muitos livros antigos sobre a mesa.


O longa também questiona, em tempo integral, a identidade. Quais aspectos pesam sobre essa palavra? Não é somente um palavra, mas o seu significado aplicado na vida, no mundo, nos mainstreams.

Talvez nem todos queiram ter a sua própria identidade, as vezes é mais fácil se apropriar da identidade dos que admiramos. Percebo que esse jogo se aplica em tudo na vida, não somente na moda.

Indico o filme, e também uma pausa na vida, para refletirmos um pouco sobre nós mesmos. Porque acredito que um bom trabalho simplesmente é o reflexo do nosso eu, de como
enxergamos o mundo e nos relacionamos com nosso colegas da vida. Voilà