8 de nov. de 2008

Priprioca

Trem lotado.
Perímetro pessoal invadido.
A porta se abre.
Pessoas saem. Pessoas entram.
Uma figura feminina se aproxima
sem opção de fuga.
E com ela, o seu cheiro de piprioca.
Tempo e espaço se fundem na sua imagem.
Instante condensado de felicidade.

Ricardo Tronquini


Postei essa poesia linda, feita especialmente para mim, porque tenho pensado muito a respeito do que é amor. No texto de Edgar Morin sobre a educação do futuro, ele diz que "O amor é poesia. Um amor nascente inunda o mundo de poesia, um amor duradouro irriga de poesia a vida cotidiana, o fim de um amor devolve-nos à prosa. Mas o que acontece quando não há o fim de um amor e sim o fim da vida cotidiana?