"...o último tremor de morte da línguagridoce o silêncio do céu cintila uma corrente de metal lâminávida línguáspera viva uivândalosonhos tecidos no silêncio ocioso diantespelho da noitespessa o sanguestendido um arco-íri(s)desce do escarcéunário imenso ensimesmado riodiário entre o denso frio de almas entristecidas de gemidos quebrados onde lábioseios submersos na nódoa amêndoa do mundo da medula que acidula o ácido de similar seiva o mar
salivas espumas saboróseas líricas este perfil narciso dentre postiço desvario de vapor parvo solstício de verão o inverno onde acarí cio o orifício dentrifício são ossos do ofício o negócio do ócio o oco do fósforo a desforra da salamandra o ar voraz de sandra da razão envolver a árvore vertical onde vou ver o mar o vôo do albatroz revolver o mármore suave do martírio rever o amor abalar a ave tingir de vermelho a alma o revólver atingir
a dor ir revogável do duro ofício diário o orifício do caralho expelir a voragem no orvalho a cor do carvalho a cor da desaceleração a coragem coração o sabor da amargura a levedura o langor a armadilha a tortura a tártara ruga da tartaruga a rusga entre a armadura e a pedramole tanto embate até que fode e marche e desfolhe e ore e descolore e descobre a desoladora e vísceral arma a empunhadura do punhal en cravando a unha na espinha dorsal (f)agulha
a aurora se mistura ao calibre da ferida salferida de salmoura a brisa de salamanca a brasa da sombra da cambraia da samambaia a raia do arraial a arraia na praia na memória a oratória da história da palavra da vida pálpebra entris tecida deslumbrada e estremecida a descida o sentido do absinto o labirinto do abismo o suicídio o estio o silêncio tenro estarrecido do cio o sorriso mentido por inteiro o silvo a sílaba o símbolo o bolo o sim do digno o sibilo do sino
o esplendor estéril do espelho o delírio do esteio da dor do desvario o rio uma rua me invade-me ao fundo de frinchas vadias de chumbo engendrando corpos de finissímo vidro incendiado de instantes onde de imediato medito o dia ferrugem a desfigurar o hiato o fulgor ferruginoso da queimadura uma ingênua figura enfeitiça a trágica alma tênue nua ao longo de grandes sonhos hostis teciam-me aos pedaços pesadelos entre dedos amarelos
entre o sono e o som da noite escassa a caça: o ventilador em meu rosto o vento sirocco disposto sem norte deixando-me louco onde in morocco meio maluco um mameluco num camelo eunuco nunca havia visto o saara onde a vista mais bela eu avisto sara na janela desta forma a areia na ampulheta saindo pus dentre dentes os olhos esbugalhados a punheta sonhando com madonna marilynmonroe charlize teron and sharon stone a palavra pedra rolando não tem sentido..."
Um comentário:
escarcéunario
"...o último tremor de morte
da línguagridoce
o silêncio do céu cintila
uma corrente de metal
lâminávida línguáspera viva
uivândalosonhos
tecidos no silêncio ocioso
diantespelho da noitespessa
o sanguestendido
um arco-íri(s)desce do escarcéunário
imenso ensimesmado riodiário
entre o denso frio
de almas entristecidas
de gemidos quebrados
onde lábioseios submersos
na nódoa amêndoa do mundo
da medula que acidula
o ácido de similar seiva o mar
salivas espumas saboróseas líricas
este perfil narciso
dentre postiço desvario
de vapor parvo
solstício de verão o inverno
onde acarí
cio o orifício dentrifício
são ossos do ofício
o negócio do ócio o oco do fósforo
a desforra da salamandra
o ar voraz de sandra
da razão envolver a árvore vertical
onde vou ver o mar
o vôo do albatroz
revolver o mármore suave do martírio
rever o amor
abalar a ave
tingir de vermelho a alma
o revólver atingir
a dor ir
revogável do duro ofício diário
o orifício do caralho
expelir a voragem no orvalho
a cor do carvalho
a cor da desaceleração
a coragem coração
o sabor da amargura
a levedura o langor
a armadilha a tortura
a tártara ruga
da tartaruga
a rusga entre a armadura
e a pedramole tanto embate
até que fode
e marche e desfolhe
e ore e descolore e descobre
a desoladora e vísceral arma
a empunhadura do punhal en
cravando a unha na espinha dorsal
(f)agulha
a aurora se mistura ao calibre da ferida
salferida de salmoura
a brisa de salamanca
a brasa da sombra
da cambraia da samambaia
a raia do arraial a arraia na praia
na memória a oratória da história
da palavra da vida
pálpebra entris
tecida deslumbrada e estremecida
a descida o sentido do absinto
o labirinto do abismo
o suicídio o estio o silêncio
tenro estarrecido
do cio o sorriso mentido
por inteiro o silvo
a sílaba o símbolo o bolo
o sim do digno o sibilo do sino
o esplendor estéril do espelho
o delírio do esteio
da dor do desvario o rio
uma rua me invade-me
ao fundo de frinchas vadias de chumbo
engendrando corpos
de finissímo vidro
incendiado de instantes
onde de imediato medito
o dia ferrugem
a desfigurar o hiato
o fulgor ferruginoso da queimadura
uma ingênua figura enfeitiça
a trágica alma tênue nua
ao longo de grandes sonhos hostis
teciam-me aos pedaços
pesadelos entre dedos amarelos
entre o sono
e o som da noite escassa
a caça: o ventilador em meu rosto
o vento sirocco
disposto sem norte
deixando-me louco
onde in
morocco meio maluco
um mameluco
num camelo eunuco
nunca havia visto o saara
onde a vista mais bela
eu avisto sara na janela
desta forma a areia na ampulheta
saindo pus dentre dentes
os olhos esbugalhados a punheta
sonhando com madonna marilynmonroe
charlize teron and sharon stone
a palavra pedra rolando não tem
sentido..."
...................................
*** trecho do poema "escarceunario"
www.escarceunario.blogspot.com
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