27 de jul. de 2011

o que não se perde, a injustiça. o que o outro pode e você não. o que faz de você mais feliz que ele no fim é esse esforço a mais. a felicidade não vem de graça. tão pouco se faz de justa para enganar você bonitinho.

Um comentário:

  1. céu de vidro


    o tempo me (ex)pulsou
    a vida inteira
    e mudo estou
    para explodir em versos
    ao vento ligeiro

    não quero o profundo céu
    dentro em mim
    mas o que inflama
    toda a poesia
    que arde em chamas

    um jardim para meu fim:
    rumores de asas flores pássaros
    sobre todas as cinzas
    pedras sobre a terra
    pela última vez dispostas
    nos poros desatados deste corpo

    por trás dos sonhos
    sinto-me leve de meus pulsos
    que gritam toda a nódoa do mundo

    quem quiser saber o que fui
    afogue-se em meus poemas

    nesta manhã desventrada dos céus
    - o silêncio -
    ouço apenas o silêncio

    o tempo é escasso
    e quando o sol se pôr
    estarei livre dos sonhos
    de meus versos guardados

    tudo se esvai
    - até a dor deste poema -

    a cova arde
    como um inferno de dante
    ah ! dirão: covarde -
    e por toda (p)arte
    o meu amor é preciso
    ( agora um f(r)io denso me invade )
    e por toda parte
    é o meu amor preciso

    - quero inventar um poema:

    um vento de seda -
    borboletas abanam as asas
    no silêncio cristalino

    meus versos inflamarão
    em todas constelações
    nacos da minha alma

    crepúsculo –
    após uma vida curta
    a noite se alonga...

    www.escarceunario.blogspot.com

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