27 de jul. de 2011

o que não se perde, a injustiça. o que o outro pode e você não. o que faz de você mais feliz que ele no fim é esse esforço a mais. a felicidade não vem de graça. tão pouco se faz de justa para enganar você bonitinho.

Um comentário:

luiz gustavo disse...

céu de vidro


o tempo me (ex)pulsou
a vida inteira
e mudo estou
para explodir em versos
ao vento ligeiro

não quero o profundo céu
dentro em mim
mas o que inflama
toda a poesia
que arde em chamas

um jardim para meu fim:
rumores de asas flores pássaros
sobre todas as cinzas
pedras sobre a terra
pela última vez dispostas
nos poros desatados deste corpo

por trás dos sonhos
sinto-me leve de meus pulsos
que gritam toda a nódoa do mundo

quem quiser saber o que fui
afogue-se em meus poemas

nesta manhã desventrada dos céus
- o silêncio -
ouço apenas o silêncio

o tempo é escasso
e quando o sol se pôr
estarei livre dos sonhos
de meus versos guardados

tudo se esvai
- até a dor deste poema -

a cova arde
como um inferno de dante
ah ! dirão: covarde -
e por toda (p)arte
o meu amor é preciso
( agora um f(r)io denso me invade )
e por toda parte
é o meu amor preciso

- quero inventar um poema:

um vento de seda -
borboletas abanam as asas
no silêncio cristalino

meus versos inflamarão
em todas constelações
nacos da minha alma

crepúsculo –
após uma vida curta
a noite se alonga...

www.escarceunario.blogspot.com